Em noite de trovoada a coisa iniciou com uma zoomada nas canelas da Tété que voou directo para os habituais trocadilhos em cartão e teleponto, antevendo com intrincadas referências à passarada, os depenados testemunhos da rapaziada reclusa na Masion de la Vente des Pines.
O desfile foi rico, com direito a pombas de peito cheio, pavões que bicam o pombal em horário nocturno, pardalitas oxigenadas de pouco pio, corujas pensadoras de sotaque espanhol, flamingos mestres das artes marciais, rolas suíças de crista levantada e araras algarvias de inteligência rara! Uma passarada chilreante cujo pio só foi ultrapassado pelo do gavião da diáspora mais conhecido por ''Senhor Fernando - o pai da Fanny e Rei Supremo do Facebook"(!) ...
O pássaro, todo ele grifando em cor-de-rosa, bateu asas a grande velocidade para fora do estúdio quando lhe chegou aos ouvidos o pio do pardal Diogo-no-más-da-Fanny que aceitou uma vez mais ser depenado em directo pela Águia Real Tété que viu na saída e regresso do pai da rolita suíça um verdadeiro prato de milho, diria eu que vi e ouvi tudo cá do meu poleiro...
Mas se pelos céus suíços se voa assim, pelos alentejos o bater da asa faz-se com bem mais parcimónia, ora não fosse a mãe da Susana quem decide quando, onde e como se pia naquele ninho! Pois que o senhor pai da ''piquena'' é um pau mandado ou não tivesse uma filha que escorrega no varão e que é, de certo, das pombas a que mais sofre com a mudança da pena...
Talvez seja por isso que, na falta do agasalho da penugem, esta pomba da paz (páz-páz!) tem bicado mais o pavão-mór lá da gaiola que até fazia um ninho com ela mas ''só quando vir o teste de gravidez dar positivo!"
Quem diria que as pombas também tomam a pílula... ele há coisas....

Se haverá ou não reprodução naquela gaiola, vamos ter que esperar para ver. Certo é que a época do acasalamento já começou e a passarada já voa e sobrevoa o recinto a marcar território.
O mesmo parece que fez a arara Cátia que trovejou para dentro do confessionário para contar a tod'i'qualquer português que uma destas noites o seu ''recipciente'' encheu demais ao sonhar com o regresso do melro-Carlitos e... ups! fez xixi na cama.
O riso nervoso compulsivo foi tanto ou tão pouco durante o testemunho que lhe vislumbrámos o "recipciente" por entre o cruza e descruza das patinhas nos verdadeiros voos picados que a bichita fazia naquele sofá-poleiro(!)
Para ela, aquilo lá ''dentre é inreal" e o ''sexe... na houve... o qu'houve foram tentativãs!''
Esta arara exótica algarvia que mata a Tété de tanto jubilo interior não saltou do poleiro rosa-choque do confessionário sem antes piar uma dedicatória à sua legião de fãs-cas'os-tenhã-Teresã:
''Oh fãs!... ê pósse nã ser muit'inteligente mas sou... um bele recipciente!"
E no fim do fungágá da passarada, quem voou para longe da gaiola foi a pardalita oxigenada.