Mariana: Hoje acordei com uma vontade 'absolutamente' incontrolável de citar a minha avó, que é mestre e guru da sapiência popular, pensando nas muitas vezes que ela diz: ''é que na havia precisão!"
The matter is: que raio de destrambelhice será essa que passa pelas nossas cabeças de Cinderela e nos atrai como um íman para as mostras de fantasia com carimbo de happily ever after?! Essas do Cinema que nos retêm 2 horas em enredos e diálogos e desfiles visuais de irrealidades (!) Para quê? se, depois de levantar o butt da cadeira-língua-da-sogra, o que fica é só a sensação mais vincada ainda que, fora daquele ecrã, não acontecem as analepses, as prolepses, os flashbacks e os diálogos muito limpos e certinhos de frases à Gandhi, "perdoa-me" e "amo-te" e outras coisas que tais.
Não acontece isso nem o 'take two' fora do ecrã avantajado, o que acontece são coisas disruptivas. Coisas que se revelam não ser o que pareciam ser. Coisas que nos esbofeteiam a cara e nos abrem os olhos para a miserável verdade de que 99,9% dos 'outros' não se importam nadinha com os 'uns'.
Talvez seja a procura (quase obssessiva) do 0,1% à filme que nos atire para as 2 horas de fábulas romanceadas sem falhas. É bem possível... Mas isso, por si só, não desculpa nem minimiza (i guess) a "falta de precisão" que temos de nos encharcarmos de lembretes daquilo que ainda não encontrámos. Seriously... É que 'não havia precisão' de ser assim! Nem precisão, nem necessidade.